quinta-feira, 24 de novembro de 2011

As Férias escolares estão chegando

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Terminadas as aulas, os filhos em casa. Nada de horários, lições, leva-e-traz da escola, enfim, missão cumprida!
As férias são importantes para as crianças e adolescentes refazerem-se da rotina das atividades escolares. Esse é um período que pode ser aproveitado pela família toda. Porém, se não for bem planejado, pode ser um transtorno para todos, afinal,  férias é para BRINCAR E DESCANSAR!
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O ideal é que aqueles que gostam de participar de forma ativa na vida dos filhos planejem férias conjuntas, mas, se o trabalho não permitir, pelo menos alguns momentos bacanas e agradáveis com eles. Pais e filhos podem planejar as férias, lembrando sempre: “O que é bom para um, pode não ser para o outro”. Os filhos podem escolher o que fazer nas férias, é claro que levando em consideração a disponibilidade financeira da família. Quando as ideias forem surgindo, será interessante fazer uma votação e respeitar o resultado final. A criança aprenderá em casa, seguindo os exemplos dos pais, como enfrentar o mundo, ser responsável e a lidar com as perdas; então, o combinado deve ser cumprido!

Algumas sugestões para umas férias saudáveis:

- viagens para lugares diferentes;
- temporadas na casa dos avós ou tios;
- colônia de férias ou acampamentos que ofereçam atividades recreativas, esportivas e culturais;
- visitar os amigos ou trazê-los para dormir em sua casa;
- passeios a praias, parques, zoológicos e trilhas;
- idas ao circo, teatro e cinema; visitas a museus e espaços culturais;
- participar de oficinas de trabalhos manuais, artes plásticas, culinária e musicalidade;
- promover pequenas festas em casa com gincanas, caça ao tesouro, cantos e danças;
- brincadeiras, que envolvam toda a família, como jogos, narração de histórias, culinária em família e outras
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que as crianças gostariam de fazer.
Essas simples atividades despertam o interesse e a curiosidade, afirmam o vínculo familiar, desenvolvem o pensamento criativo e dão lições de convivência e respeito à individualidade.
Para que as férias não percam seu verdadeiro sentido – o do lazer – é necessário que todos entrem em contato com o novo, com o diferente, com atividades que não façam parte da rotina do dia a dia. Só assim as férias se tornarão agradáveis e até mesmo inesquecíveis

sábado, 5 de novembro de 2011

LINDO VÍDEO - SE TUDO FOSSE PERFEITO

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O dizer "não" na educação

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O dizer "não" na educação

Por Içami Tiba
 
É muito comum os pais se queixarem que seus filhos não atendem aos nãos que eles lhes falam, ordenam, pedem, imploram ou mesmo quando  dão a entender...
Esta desobediência ao não dos pais é globalizada. Praticamente todas as crianças do planeta custam a obedecer os seus pais. Há exceções, que são raras, que confirmam a regra de que os filhos hoje estão desobedientes aos seus pais.
É bastante comum eu ouvir este lamento de mães dito com um grande desânimo: Meu filho não me obedece, grita comigo, faz só o que quer, me agride, me ofende... Então eu pergunto: Quantos anos ele tem?  Elas respondem: 2 anos!
Como pode uma criança de dois anos de idade tumultuar tanto a vida da sua mãe?
Digo com bastante convicção que é devido ao que o filho recebeu, como educação ou não, do que lhe aconteceu desde que nasceu. Raríssimos são os casos em que as crianças nascem desobedientes, como doenças psiquiátricas e graves transtornos psicológicos e de caráter. A maioria nasce absolutamente normal e vai se tornando inadequada ou deseducada aos poucos.
Um nenê que durma no colo para depois ser colocado no bercinho já começa um costume errado, pois lugar de dormir passa ser o colo e não o berço. Se, cada vez que acorda durante a noite, ele é pego no colo ele aprende que berço não é lugar para ele ficar, e passa a reivindicar a ficar no colo, onde irá adormecer. O nenê começa a formar a imagem de que só deve ir ao berço quando já estiver dormindo. Assim se ele for colocado no berço ainda acordado, ele se recusará a ficar no berço e criará mil desculpas próprias da idade para não ficar no berço. Sem dúvida é muito gostoso dormir no calor, no balanço e no afeto de um colo do que no bercinho. Não é natural no ser humano acordar em um lugar que ele não deitou.  Enquanto ele nada sabe, ele dorme em qualquer lugar, portanto ele após arrotar o que mamou deve ser colocado de lado no berço para dormir, por mais que os adultos queiram lhe dar colo. O nenê chorar no berço, gritar, dizer palavras incompreensíveis etc é uma defesa natural por preferir fazer o que aprendeu, dormir no colo. Ele já sabe que está lutando por um direito que ganhou dos pais que queriam muito mais agradá-lo do que não o educar. O nenê não está desrespeitando ninguém. São os adultos à sua volta que não souberam educá-lo a dormir sozinho no berço. Quem aprende dormir no colo não quer saber se naquela noite os pais não têm como dar-lhe colo. Ele luta para dormir no que já se acostumou: o colo.
Um ponto muito importante que todos os humanos deveriam saber é: “Ninguém sente falta do que não conhece, mas arca com suas consequências”.
Todos sabem que lugar do bebê dormir é no berço e não no colo, mas como a maioria não sabe que o local do bebê adormecer também deve ser no berço, arcam com as conseqüências de um bebê que acaba atrapalhando o sono dos pais e muitas vezes até separando os cônjuges. Amor é muito bom, mas não resolve este problema das noites mal dormidas de todos na família. Não é errando que se aprende, mas sim corrigindo o erro.
Assim também muitos nãos dos pais não são obedecidos principalmente pelos filhos:
  • que percebem que o não pode ser transformado em sim;
  • que nada lhe acontece se não obedecer ao não e continuar fazendo o que queria;
  • que os pais num dia dizem sim e noutro, não;
  • que basta questioná-los que eles deixam quando os pais não têm respostas;
  • que a boca diz não, mas os olhos dizem sim;
  • que a palavra diz não, mas todo o comportamento diz sim;
  • que o agora não se transforma em daqui a pouco pode.

Içami Tiba

Içami Tiba é psiquiatra e educador. Escreveu "Pais e Educadores de Alta Performance", "Quem Ama, Educa!" e mais 28 livros

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Trecho do Livro: Pais brilhantes, professores fascinantes -Augusto Cury

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Uma das causas do individualismo entre os jovens é que os pais não cruzam a sua história com a de seus filhos. Mesmo que você trabalhe muito, faça do pouco tempo disponível grandes momentos de convívio com seus filhos. Role no tapete. Faça poesias. Brinque, sorria, solte-se. Perturbe-os prazerosamente.
Certa vez, um filho de nove anos perguntou a um pai, que era médico, quanto ele cobrava por consulta. O pai disse-lhe o valor. Passado um mês, o filho aproximou-se do pai, tirou algumas notas do bolso, esvaziou seu cofre de moedas e disse-lhe com os olhos cheio de lágrimas: "Pai, faz tempo que eu quero conversar com você, mas você não tem tempo. Consegui juntar o valor de uma consulta. Você pode conversar comigo?"
Seus filhos não precisam de gigantes, precisam de seres humanos. Não precisam de executivos, médicos, empresários, administradores de empresa, mas de você, do jeito que você é. Adquira o hábito de abrir seu coração para os filhos e deixá-los registrar uma imagem excelente da sua personalidade.
Sabe o que acontecerá?
Eles se apaixonarão por você. Terão prazer em procurá-lo, em estar perto de você. Quer coisa mais gostosa do que isto? A crise financeira, as perdas ou as dificuldades poderão arremeter-se sobre a relação de vocês, mas, se ela tem alicerces, nada a destruirá.

domingo, 30 de outubro de 2011

Palestra ministrada pelo médico psiquiatra Dr. Içami Tiba, em Curitiba, 23/07/08.

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Palestra ministrada pelo médico psiquiatra Dr. Içami Tiba, em Curitiba, 23/07/08.

O palestrante é membro eleito do Board of Directors of the International Association of Group Psychotherapy. Conselheiro do Instituto Nacional de Capacitação e Educação para o Trabalho "Via de Acesso". Professor de cursos e workshops no Brasil e no Exterior.
Em pesquisa realizada em março de 2004, pelo IBOPE, entre os psicólogos do Conselho Federal de Psicologia, os entrevistados colocaram o Dr. Içami Tiba como terceiro autor de referência e admiração - o primeiro nacional.
 

  • 1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.
    2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar com internet, som, tv, etc...
    3. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial) deve ser passar o dia todo em hospital de queimados.
    4. É preciso confrontar o que o filho conta com a verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.
    5. Informação é diferente de conhecimento. O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da prevenção que a camisinha proporciona.
    6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai determinar que não haverá um passeio, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente.

    7. Em casa que tem comida, criança não morre de fome . Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto quem tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer.
    8. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender.

    9. É preciso transmitir aos filhos a idéia de que temos de produzir o máximo que podemos. Isto porque na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0.

    10. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente.
    11. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo.
     12 Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.
    13. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se for mal na faculdade.
    14. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite.. Nunca.
    15. Se a mãe engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que engolir também.
    16. Videogames são um perigo: os pais têm que explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem 'vidas', e sim uma única vida. Não dá para morrer e reencarnar. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.

    17. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão.

    18. Pais e mães não pode se valer do filho por uma inabilidade que eles tenham. 'Filho, digite isso aqui pra mim porque não sei lidar com o computador'. Pais têm que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é inconcebível pagarem para falar com o filho que mora longe.

    19. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos.. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles.. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.

    20. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.
    21. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que mostrar qual é o consumo (KWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final.

    22. Dinheiro 'a rodo' para o filho é prejudicial. Mesmo que os pais o tenham, precisam controlar e ensinar a gastar.
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  • Frase: "A mãe (ou o pai!) que leva o filho para a igreja, não vai buscá-lo na cadeia..."

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

MOTIVAÇÃO PARA PAIS E FILHOS...IÇAMI TIBA

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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O QUE É BULLYING ?

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Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
"É uma das formas de violência que mais cresce no mundo", afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868 ). Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.

Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podesm apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.

sábado, 22 de outubro de 2011

O CADERNO - TOQUINHO...LINDA MÚSICA...

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A atividade da criança na idade pré-escolar

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A atividade da criança na idade pré-escolar

Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima

Brincar é uma atividade universal, encontrada nos vários grupos humanos, em diferentes períodos históricos e estágios de desenvolvimento econômico. Evidentemente, as várias modalidades lúdicas não existem em todas as épocas e também não permanecem imutáveis através dos tempos. Como toda atividade humana, o brincar se constitui na interação de vários fatores que marcam determinado momento histórico sendo transformado pela própria ação dos indivíduos e por suas produções cultural e tecnológica. Os jogos e as brincadeiras são, assim transformados continuamente."
"A criança brinca para conhecer-se a si própria e aos outros em suas relações recíprocas, para aprender as normas sociais de comportamento, os hábitos determinados pela cultura; para conhecer os objetos em seu contexto, ou seja, o uso cultural dos objetos; para desenvolver a linguagem e a narrativa; para trabalhar com o imaginário; para conhecer os eventos e fenômenos que ocorrem a sua volta."
"A realização de jogos e brincadeiras na primeira infância envolve naturalmente o movimento, que vai dominar como componente, pois através dele a criança se coloca no meio, inteirando-se com os objetos, com as pessoas, explorando seu próprio corpo, o espaço físico. Uma das funções da brincadeira é permitir à criança o exercício do movimento.(...) O movimento tem, assim, relevância destacada na infância, pois ele serve para a criança se relacionar com o outro, explorar o espaço - situando-se nele - , bem como os objetos e o próprio corpo."


Publicação: Série Idéias n. 10, São Paulo: FDE, 1992.
Páginas: 17 a 23

Adolescência e puberdade

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Adolescência e Puberdade 
De todas as reflexões e estudos sobre infância e adolescência, se alguma coisa pode ser mais ou menos consensual é que, crescentemente, as crianças estão mais sozinhas ou mais na convivência com seus pares da rua do que no seio de suas famílias. O pai, a mãe, ou qualquer outra figura de ligação familiar está se tornando rarefeita.  
Embora dentro de sua casa, mas distante do convívio doméstico e familiar, o adolescente ou a criança está solitariamente assistindo à tevê, na internet ou está fora de casa, em bandos perambulando pelas ruas, nos shoppings, nos lugares de lazer.
Por outro lado, parece razoável atenuar o peso atribuído à hegemonia da televisão, tendo em mente a redução das oportunidades de convivência e brincadeiras ao ar livre. Isso porque os espaços livres das ruas, antes utilizados pelas crianças e adolescentes para brincadeiras, já não estão mais disponíveis, estão intensamente habitados por carros, prédios, marginais, ladrões. A rua perdeu seu lugar de expressão coletiva dos jogos e das brincadeiras.
Há muitas tentativas de se definir adolescência, embora nem todas as sociedades possuam este conceito. Cada cultura possui um conceito de adolescência, baseando-se sempre nas diferentes idades para definir este período. No Brasil o Estatuto da Criança e do Adolescente define esta fase como característica dos 13 aos 18 anos de idade.
A puberdade tem um aspecto biológico e universal, caracterizada que é pelas modificações visíveis, como por exemplo, o crescimento de pêlos pubianos, auxiliares ou torácicos, o aumento da massa corporal, desenvolvimento das mamas, evolução do pênis, menstruação, etc. Estas mudanças físicas costumam caracterizar a puberdade, que neste caso seria um ato biológico ou da natureza.
Crianças e adolescentes já não são mais os mesmos. Eles participam avidamente do mundo dos adultos e se transformam nos novos convidados da realidade orgástica do consumo e dos prazeres.
As crianças, tendo nascido no seio de uma família e considerados como "pertencendo" a esta família, encontram-se, paradoxalmente, cada vez mais solitários e à mercê de seus pares da rua, da escola e do apelo cultural para que se tornem, rapidamente, adultos esbeltos, ricos, formosos, na moda e plenamente sexualizados. 
Isso tudo acontece enquanto seus pais se ocupam diuturnamente com suas próprias vidas, se preocupam em ganhar dinheiro, em sobreviver, em não perder tempo.
A adolescência, por sua vez, é uma atitude cultural. A Adolescência é uma atitude ou postura do ser humano durante uma fase de seu desenvolvimento, que deve refletir as expectativas da sociedade sobre as características deste grupo. A adolescência, portanto, é um papel social. E esse papel social de adolescente, parece sempre ter sido simultâneo à puberdade.
Atualmente temos visto, cada vez mais precocemente, crianças que assumem o papel social de adolescentes e estes, por sua vez, cada vez mais precocemente, assumem o papel social de adultos. E dando asas à imaginação, parece, salvo melhor juízo, que essa adolescência precoce tem arrastado consigo a puberdade precoce, principalmente a feminina, com meninas de 9-10 anos menstruando e desenvolvendo seios.
Assim sendo, já não podemos explicar a adolescência apenas como sendo fruto da interferência do biológico humano (puberdade) no papel social da pessoa mas, muito pelo contrário, vamos acabar tendo que explicar a puberdade precoce de nossas crianças como sendo a interferência do panorama social no biológico humano.
Se vamos acreditar na interferência do social no biológico, na ação da adolescência sobre a puberdade, seremos obrigados a aceitar a interferência do comportamento dos adultos em relação aos adolescentes e à puberdade.
A dúvida, aberta a pesquisas, é saber até que ponto a expectativa e entusiasmo da mãe em ver sua filha se transformando em apresentadora ou astro de televisão, ser modelo ou vencedora de concursos de beleza resultarão numa puberdade precoce. A dúvida, também, é saber se essa amputação da adolescência normal não resultará em prejuízos vivenciais maiores do que os benefícios advindos da pretendida glória da filha no mundo dos adultos, sabe-se lá para satisfazer quais anseios maternos.
Em 1840 a idade média da menarca (primeira menstruação) rondava os 16-17 anos, idade claramente coincidente com o momento da incorporação da adolescente na vida adulta, na responsabilidade do matrimonio e da procriação.
Paradoxalmente, hoje em dia, nenhuma família se sentiria à vontade se a filha de 16 anos assumisse responsabilidades matrimoniais, mas não obstante, aceita-se que participe plenamente (ou quase) das liberdades sexuais do mundo moderno. Hoje a sociedade espera que a jovem de 16 anos estude, se forme e encontre seu papel na sociedade. Entretanto, atualmente a média da menarca se situa em torno dos 12.8 anos.
Ballone GJ - Depressão na Adolescência - in. PsiqWeb, Internet, disponível em <http://sites.uol.com.br/gballone/infantil/adoelesc2.html> revisto em 2003

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

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Os primeiros dentinhos

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Os primeiros dentinhos

Quando nascem os primeiros dentinhos da criança?
Os dentes decíduos ou dentes de leite, começam a nascer por volta dos 6 meses e vão aparecendo numa sequência, normalmente aos pares, mas isso varia muito para cada criança, podendo nascer próximo do 1º aninho. Não quer dizer que o dente vai ser mais “fraco” ou mais “forte” se nascer mais cedo ou mais tarde. O importante é saber que cada um tem o seu ritmo e evitar fazer comparações com outras crianças, inclusive da mesma família.

A criança sente alguma coisa quando nascem os dentinhos?
Pela experiência clínica e relato das próprias mães, observamos que tem crianças que não sentem absolutamente nada quando do nascimento dos dentinhos, outras podem manifestar os seguintes sinais e/ou sintomas: “coceira” na região da gengiva, levar mão constantemente à boca, babar, morder, irritação, a criança pode ficar “chatinha”, perder o apetite, fezes amolecidas e esverdeadas, estado febril, baixar a resistência (estado gripal), hematoma de erupção (região arroxeada), entre outros.
Normalmente essas alterações desaparecem com a erupção (nascimento) dos dentes sem maiores problemas. Nos casos de maior incômodo podemos oferecer mordedores de boa qualidade (alguns tipos podem ser levados à geladeira o que proporciona alívio para o bebê) ou simplesmente massagear a região onde estão nascendo os dentinhos com dedeira ou escovinha ou mesmo com gaze/paninho limpo. O uso de fitoterápicos ou medicamentos naturais como camomilina ou maracujina também podem ser indicados. O mais importante é ter paciência e saber que é um processo natural ao qual a criança vai se adaptando gradualmente.
No caso de dúvidas ou alterações mais graves o melhor é sempre conversar com o odontopediatra!
Dr. Marcio Franzese
Odontopediatra

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Adolescentes - Seus 10 problemas

As maiores lutas enfrentadas pelos adolescentes e
o que você pode fazer para ajudá-los.
Se você trabalha com adolescentes do ensino médio, provavelmente irá confrontar algumas questões muito difíceis: gravidez, uso de drogas, violência, sérios conflitos familiares e todos os tipos de crises. Se você trabalha com essa faixa etária, sabe que com freqüência o pior problema que enfrentam é saber se as meias e os sapatos estão combinando. É sério!
Naturalmente, esta é uma verdade universal – alguns adolescentes já estão enfrentando essas questões. Felizmente, são raros os dados estatísticos que relatam meninas de 11 anos grávidas ou meninos nessa faixa etária usando cocaína.
Esses jovens estão no começo de sua trajetória e é por isso que amo o trabalho que realizo com eles por 15 anos. A maioria ainda não fez escolhas significativas que marcarão profundamente sua vida futura.
Cerca de dois anos atrás, decidi iniciar uma relação com os problemas mais comuns enfrentado por nosso ministério com esse grupo. A primeira descoberta: Uma adolescente irá ligar a qualquer hora, do dia ou da noite, para falar a respeito de suas espinhas. Aprendi também que a maioria deles parece passar por um ciclo de problemas previsíveis. Se o Antonio está tendo problemas no relacionamento com uma menina, provavelmente enfrentará o mesmo problema seis meses depois.
Na minha relação, inicio com as 10 lutas mais comuns por eles enfrentadas. Incluí com cada luta uma sugestão de como tratá-la, extraída de nossos esforços algumas vezes bem-sucedidos.
1. Falta de Amigos Facilmente, este é o problema número 1 enfrentado pelos adolescentes. Alguns deles têm tantos amigos que me pergunto como têm tempo para todas as mensagens que recebem. Mas muitos são solitários, e têm muito tempo para se questionar se alguém fará amizade com eles. Se o chamarão para participar dos jogos.
A maioria dos adolescentes simplesmente deseja ter um amigo. Você e os líderes adultos podem fazer isso. Mas deixe sua dignidade à porta. Você terá de fazer coisas que os jovens gostam, mesmo que isso signifique fazer guerra com pistola de água no parque local. Compareça aos eventos esportivos. Descubra seus hobbies e interesses, então lhes peça informação a respeito. Não tenha vergonha de convidá-los a participarem de seu mundo – se você pratica algum esporte, convide os jovens para jogarem juntos. Se você gosta de andar de bicicleta, organize um grupo para um passeio.
Ajude-os a encontrar outros jovens com os mesmos interesses. Veja que nenhum jovem fique sozinho na igreja. Busque fazer ligações entre eles.
2. Questões Sobre SexoA maioria dos adolescentes não é obcecada por sexo. Antes estão interessados em quem “gosta” de quem. Passam por paixões passageiras e não vão além disso. Mesmo que estejam pensando em pôr em prática seus impulsos, a maioria não o faz.
Nossa função não é desestimular a promiscuidade sexual ou mesmo falar muito a respeito dos desejos ardentes ou das tentações, mas incentivar amizades saudáveis entre os sexos. Os rapazes precisam aprender a não serem egoístas, a serem menos dominadores e a serem mais atenciosos. As meninas precisam aprender a como respeitar os rapazes, mais do que já o fazem (isto inclui a escolha da roupa) e a restringir suas difamações e fofocas destrutivas. Enfatize o que fazer nos relacionamentos, em vez do que não fazer.
3. Problemas com os Pais Para alguns adolescentes o controle dos pais é uma grande preocupação. Alguns deles sentem que cada passo que dão é observado e condenado. Como pai, sei o que é controle excessivo. Estou convencido de que isso é prejudicial. Estou tentando aprender a como incentivar o bom comportamento e a como criar menos normas e regulamentos com meus filhos.
Permita que a liberdade reine em seu ministério. Quero dizer, dê liberdade para que eles sejam o que são – criativos, divertidos, sinceros na expressão de seus verdadeiros desejos a pessoas em quem podem confiar. Os adolescentes sob seus cuidados não necessitam de outro pai/mãe, ainda que pareçam que sim.
4. Pressões na EscolaO maior fator de estresse para os adolescentes é seu desempenho na escola. De acordo com a pesquisa do About.com,com mais de 6 mil adolescentes, “a pressão acadêmica” de longe é a maior fonte de estresse – mais de 4 em 10 adolescentes (43%) relataram isso.
Os relacionamentos com os colegas, ocasionalmente, leva-os a não dormirem à noite preocupados a respeito de que os amigos podem não mais gostar deles. A escola é um contínuo sugador emocional. Notas baixas levam a mais pressões do grupo e de sexo, a maior frustração com os pais e a mais ansiedade quanto a seu desempenho futuro. Isto é uma constante, pelo menos até o final do ano escolar.
Nossa função é compreender esses fatores estressantes e criar um espaço seguro para que sejam adolescentes. Isto se aplica especialmente aos líderes de jovens, que muitas vezes necessitam de maior liberdade para lidar com esse grupo. Uma mudança súbita no desempenho escolar é talvez o melhor sinal de que alguma coisa não está bem em sua vida - normalmente algo que está ocorrendo no lar.
5. Questões Quanto à Aparência Os adolescentes passam por mudanças radicais em sua aparência. Embora internamente estejam mudando tão rapidamente quanto a sua “aparência”, isso os afeta mais porque é o que todos notam primeiro. Em nossos eventos, sempre fico surpreendido ao ver que os adolescentes estão constantemente alisando a camiseta ou tocando seus cabelos. É como uma convenção pessoal de arrumar-se.
Descobri que o melhor a fazer é consistentemente cumprimentá-los por sua aparência. Bem, esse tipo de comportamento não é incentivado no mundo profissional regular, mas os adolescentes necessitam desse estímulo. Seja específico – na verdade, quanto mais específico, melhor. Por exemplo, “Gostei do novo visual de seu cabelo” ou “Que tênis legal!” ou “Na sua idade eu tinha sardas – minha esposa diz que as ama”, ou “Eu o vi tocando violão, você toca muito bem”. Suas palavras têm muito peso para eles. Se você não disser isso, talvez ninguém mais o fará.
6. Ataques VerbaisSeu incentivo consistente e enfocado é vital por outros motivos também. O ar que os adolescentes respiram é saturado de palavras depreciativas, de apelidos e de palavras ferinas. Caso tenham preocupação quanto à aparência, podem encontrar muitos perseguidores que irão convencê-los nesse sentido. Já vi adolescentes zombarem de outro devido aos cabelos enrolados, e por aí vai.
Somos chamados a neutralizar esses ataques verbais com afirmações que falem de sua beleza interior. Pense em si mesmo como um Sherlock Holmes buscando evidência de que os adolescentes aos seus cuidados refletem a glória de Deus. Especificamente, busque e confirme neles os frutos do Espírito, conforme Gálatas 5:22: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio”.
7. Há Algo Especial em Mim? Alguns adolescentes ainda não descobriram um talento ou certos esportes ou instrumento musical, ou são desajeitados e sem graça, ou talvez não se saiam tão bem quanto os colegas em determinadas matérias na escola. Todo adolescente possui talentos – alguns simplesmente têm maior facilidade para descobri-los. Nossa função é ir a fundo com os adolescentes para descobrir quais são eles.
Sempre lhes pergunto o que gostariam de ser quando concluírem os estudos, em grande parte porque isso revela o que eles são e o que desejam ser. Uso as respostas como portas de acesso para seu mundo secreto, onde Deus lentamente está revelando suas tendências. Quando um deles diz: “Não faço a menor idéia”, fico um pouco preocupado visto que a maioria dos adolescentes gosta de falar a respeito de seus planos futuros e já têm boa noção do que apreciam ou não. Para esses tipos, sigo perguntando: “O que você dizia que gostaria de ser quando era criança?” ou “Quais são algumas das profissões ou estilos de vida que você respeito e admira?” ou “O que outra pessoa disse a seu respeito e que o fez se sentir bem?”
8. Problemas com a Culpa e a VergonhaMuitos adolescentes não sabem como lidar com as conseqüências de seus pecados e algumas vezes praticam formas prejudiciais de arrependimento com base nas obras. É crucial que aprendam que o único “pagamento” aceitável por seus pecados é o sacrifício de Jesus na cruz, e que é exatamente o local aonde devem levar sua culpa ou vergonha. Ajude os adolescentes a compreenderem a diferença entre esquecer e perdoar, e mostre-lhes como confiar em Cristo para obterem o livramento.
9. Falta de Energia Alguns adolescentes simplesmente ficam cansados com freqüência. É claro, provavelmente você também tem um grande contingente de chimpanzés. Se ficar atento, verá que há mais de um indolente. Conheço alguns adolescentes que ainda têm de tirar uma soneca à tarde – de verdade!
Assim sendo, reconheça a necessidade que têm de descansar. Estruture seus eventos e as reuniões semanais regulares com vistas a incluir intervalos, momentos de tranqüilidade ou mesmo de silêncio. Os adolescentes necessitam de mais tempo para fazer a digestão (tanto o alimento que ingerem quanto a sua mensagem) e de mais repouso do que os mais velhos.
10. Problemas? Que Problemas? Alguns adolescentes têm de lutar com um “desafio” estranho – não têm problemas tão gravem que mereçam a sua atenção. Muitos deles têm problemas que vêm e vão num piscar de olhos. Ignore 99% desses problemas – poupe seu tempo e energia para o que realmente é sério. Isso significa não ser tão pronto para tentar ajudá-los. Dê-lhes a oportunidade de vencerem suas pequenas questões sem qualquer intervenção adulta.

John Brandon é líder de adolescentes no Minnesota.

[Extraído de GROUP, 10 de setembro de 2004, pp. 13-14, 16.]

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Friedrich Froebel, o formador das crianças pequenas.

O criador dos jardins-de-infância defendia um ensino sem obrigações porque o aprendizado depende dos interesses de cada um e se faz por meio da prática.

O alemão Friedrich Froebel (1782-1852) foi um dos primeiros educadores a considerar o início da infância como uma fase de importância decisiva na formação das pessoas - idéia hoje consagrada pela psicologia, ciência da qual foi precursor. Froebel viveu em uma época de mudança de concepções sobre as crianças e esteve à frente desse processo na área pedagógica, como fundador dos jardins-de-infância, destinado aos menores de 8 anos. O nome reflete um princípio que Froebel compartilhava com outros pensadores de seu tempo: o de que a criança é como uma planta em sua fase de formação, exigindo cuidados periódicos para que cresça de maneira saudável. "Ele procurava na infância o elo que igualaria todos os homens, sua essência boa e divina ainda não corrompida pelo convívio social", diz Alessandra Arce, professora da Universidade Federal de São Carlos.

As técnicas utilizadas até hoje em Educação Infantil devem muito a Froebel. Para ele, as brincadeiras são o primeiro recurso no caminho da aprendizagem. Não são apenas diversão, mas um modo de criar representações do mundo concreto com a finalidade de entendê-lo. Com base na observação das atividades dos pequenos com jogos e brinquedos, Froebel foi um dos primeiros pedagogos a falar em auto-educação, um conceito que só se difundiria no início do século 20, graças ao movimento da Escola Nova, de Maria Montessori (1870-1952) e Célestin Freinet (1896-1966), entre outros
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O papel do jogo na educação das crianças

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O papel do jogo na educação das crianças


Gisela Wajskop França


O que acontece durante um jogo de crianças? Aos olhos de um observador desatento, apenas brincadeiras, coisas sem importância. Aos olhos de um pesquisador, ou de um educador, tantas coisas importantes estão ocorrendo: assimilação e apropriação da realidade humana, construção de hipóteses, elaboração de soluções para problemas, enriquecimento da personalidade.

Tudo isto é demonstrado neste texto a partir da análise de uma situação de brincadeira. Tomando a importância da brincadeira no desenvolvimento infantil, a autora conclui expondo a necessidade de se incluir o jogo quando se sistematiza um projeto pedagógico.

"(...) o jogo permite uma assimilação e apropriação da realidade humana pelas crianças já que este "não surge de uma fantasia artística, arbitrariamente construída no mundo imaginário da brincadeira infantil; a própria fantasia da criança é engendrada pelo jogo, surgindo precisamente neste caminho pelo qual a criança penetra na realidade."

"Por último, é preciso sublinhar que, no jogo, relações reais de interação entre as crianças ocorrem com a mesma intensidade que as lúdicas. Ao mesmo tempo em que os meninos desempenham papéis de trabalhadores e fazem a "avalanche" ter existência real, discutem entre si como o conteúdo do jogo deve ser elaborado. Assim, a brincadeira aparece como fator de organização entre as crianças que compreendem, durante a atividade, necessidades de uma escuta complementar e de ações complementares que condicionam o próprio desenrolar do tema."
"Claro está em que, se as crianças brincam de maneira independente em casa, com os amigos ou parentes, a prática e a história nos têm revelado que elas também brincam, e muito, na escola. O fato é que, nem sempre, suas brincadeiras são levadas em conta pelo currículo pré-escolar e quando o são aparecem apenas como recreação ou possibilidade de desgaste de energia para que, em sala, as crianças possam concentrar-se em atividades didáticas dirigidas.
A questão que se coloca, nesse artigo, é como levar em conta o jogo infantil ao serem elaborados planos pedagógicos pré-escolares, considerando-se o exposto até agora. Ou seja, como transformar o jogo infantil em recurso pedagógico pré-escolar de construção de conhecimento pelas crianças e como instrumento de organização autônomo e independente das mesmas."
"Para garantir o aparecimento do jogo independente, faz-se necessário:

• que a rotina escolar contemple períodos razoavelmente longos entre as atividades dirigidas, para que as crianças sintam-se à vontade para brincar;

• que existam materiais variados, organizados de maneira clara e acessível às crianças, de tal forma que possam deflagrar e facilitar o aparecimento das brincadeiras entre elas. O acesso e a organização dos materiais devem levar em conta a idade das crianças, sendo seu uso coordenado pelo adulto responsável pelo grupo. (...)

• que a sala onde as crianças passam a maior parte de seu tempo tenha uma configuração visual e espacial propícia ao desenvolvimento da imaginação. (...)

• que haja um período em que as crianças e o adulto responsável pelo grupo possam conversar sobre a brincadeira que vivenciaram, sobre as questões que se colocaram, o material que utilizaram, os personagens que assumiram, as crianças com as quais interagiram;

• que o jogo seja incorporado no currículo como um todo, e as questões colocadas no seu desenrolar possam fazer parte de pesquisas desenvolvidas em atividades dirigidas pelas crianças; ampliadas através de passeios, observação da natureza, projeção de vídeos, escuta de rádio, música, leituras etc.;

• que o adulto seja elemento integrante das brincadeiras, ora como observador e organizador, ora como personagem que explicita ou questiona e enriquece o desenrolar da trama, ora como elo entre as crianças e os objetos.(...)"
Publicação: Série Idéias n. 7. São Paulo: FDE, 1995.
Páginas: 46 a 53

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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

ESTA CHEGANDO HALLOWEEN VAMOS PINTAR?

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Jean Piaget

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Jean Piaget

O cientista suíço revolucionou o modo de encarar a educação de crianças ao mostrar que elas não pensam como os adultos

01/07/2011 16:50 Texto Márcio Ferrari
Nova-Escola
Foto: Wikimedia
Foto: Piaget acreditou e comprovou que o conhecimento vem das descobertas que a criança faz
Piaget acreditou e comprovou que o conhecimento vem das descobertas que a criança faz
Frases de Jean Piaget:

“O conhecimento não pode ser uma cópia, visto que é sempre uma relação entre objeto e sujeito”

“Se o indivíduo é passivo intelectualmente, não conseguirá ser livre moralmente”


Jean Piaget nasceu em Neuchâtel, Suíça, em 1896. Aos 10 anos publicou seu primeiro artigo científico, sobre um pardal albino. Desde cedo interessado em filosofia, religião e ciência, formou-se em biologia na Universidade de Neuchâtel e, aos 23 anos, mudou-se para Zurique, onde começou a trabalhar com o estudo do raciocínio da criança sob a ótica da psicologia experimental. Em 1924, publicou o primeiro de mais de 50 livros, A Linguagem e o Pensamento na Criança. Antes do fim da década de 1930, já havia ocupado cargos importantes nas principais universidades suíças, além da diretoria do Instituto Jean-Jacques Rousseau, ao lado de seu mestre, Édouard Claparède (1873-1940). Foi também nesse período que acompanhou a infância dos três filhos, uma das grandes fontes do trabalho de observação do que chamou de "ajustamento progressivo do saber". Até o fim da vida, recebeu títulos honorários de algumas das principais universidades européias e norte-americanas. Morreu em 1980 em Genebra, na Suíça.

Jean Piaget foi o nome mais influente no campo da educação durante a segunda metade do século 20, a ponto de quase se tornar sinônimo de pedagogia. Não existe, entretanto, um método Piaget, como ele próprio gostava de frisar. Ele nunca atuou como pedagogo. Antes de mais nada, Piaget foi biólogo e dedicou a vida a submeter à observação científica rigorosa o processo de aquisição de conhecimento pelo ser humano, particularmente a criança. Do estudo das concepções infantis de tempo, espaço, causalidade física, movimento e velocidade, Piaget criou um campo de investigação que denominou epistemologia genética – isto é, uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança. Segundo ele, o pensamento infantil passa por quatro estágios,
desde o nascimento até o início da adolescência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida.
“A grande contribuição de Piaget foi estudar o raciocínio lógico-matemático, que é fundamental na escola mas não pode ser ensinado, dependendo de uma estrutura de conhecimento da criança”, diz Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.

As descobertas de Piaget tiveram grande impacto na pedagogia, mas, de certa forma, demonstraram que a transmissão de conhecimentos é uma possibilidade limitada. Por um lado, não se pode fazer uma criança aprender o que ela ainda não tem condições de absorver. Por outro, mesmo tendo essas condições, não vai se interessar a não ser por conteúdos que lhe façam falta em termos cognitivos.

Isso porque, para o cientista suíço, o conhecimento se dá por descobertas que a própria criança faz – um mecanismo que outros pensadores antes dele já haviam intuído, mas que ele submeteu à comprovação na prática. Vem de Piaget a idéia de que o aprendizado
é construído pelo aluno e é sua teoria que inaugura a corrente construtivista. Educar, para Piaget, é “provocar a atividade” – isto é, estimular a procura do conhecimento. “O professor não deve pensar no que a criança é, mas no que ela pode se tornar”, diz Lino de Mac
edo.